Comércio

Empregos temporários criam expectativas nos vendedores

Dados extraoficiais do Sindilojas apontam 510 novas vagas

O fim de ano é um alento para o comércio, atividade importante à economia pelotense. As lojas parecem traçar o calendário de acordo com os feriados de compras - Dia das Mães, dos Pais, dos Namorados e, principalmente, o Natal. Expectativa que também atinge os desempregados. Aumento nas compras, aumento também do número de funcionários nas lojas. Novas vagas de emprego, temporárias, são geradas. Surge, então, a esperança de uma efetivação e independência financeira.

Dados do Sindicato dos Lojistas (Sindilojas) de Pelotas indicam que as vendas no comércio cresceram 2,2% no fim de 2017, em relação com o mesmo período do ano anterior. Houve, em paralelo, aumento nas vagas de emprego criadas - 180 a mais nos dois últimos meses desse ano em comparação a 2016.

O número total de vagas criadas no setor em novembro, em Pelotas, foi de 779, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. No mesmo mês, 664 funcionários foram desligados - saldo positivo de 115 novos empregos. Ainda sem dados oficiais, pesquisa realizada pelo Sindilojas mostra números melhores em dezembro, com 395 postos criados.

Segundo o presidente do Sindilojas, Gilmar Bazzanella, a tendência é de que 22% desses novos funcionários permaneçam nos empregos até o mês de fevereiro. Após, é difícil fazer uma previsão. "Depende do comportamento da economia", aponta Bazzanella. Algumas lojas aproveitam a época também para renovar seus quadros, baseadas no desempenho dos novos vendedores. Assim, mesmo que não esteja nos planos aumentar o quadro, pode haver a substituição.

Apesar dos números crescentes em 2017 nas vendas, alguns lojistas não compartilham a aprovação ao ano. "Nossas vendas foram piores. Esperávamos dificuldades, mas ainda nutríamos uma esperança", diz a gerente de uma loja no centro da cidade. Na mesma loja também houve diminuição no número das contratações de temporários. "Geralmente dobramos o número de vendedores, de seis para 12, mas nesse ano tivemos o acréscimo de apenas quatro", explica. Ela ainda constata que funcionários desse quadro podem permanecer o resto do ano. "O pessoal trabalhou bem, então queremos continuar sim com alguns."

Quem foi beneficiada com as festas de fim de ano foi Danusa Paiva, 27. Ela estava há três meses à procura de emprego pelo Sine. Surgiu a oportunidade de vendedora temporária em uma loja no Calçadão. Danusa trabalhou quatro anos no comércio, até trocar por um emprego em um frigorífico. Ficou lá três anos, mas abandonou porque "era muito puxado".

Após cinco meses de descanso, a vendedora, que mora com os pais e estuda, decidiu voltar ao mercado. "Estava bem difícil conseguir. Agora que estou aqui, a expectativa é ser efetivada, até porque estou com um bom número de vendas", relata. Ela aproveita a renda extra para pagar o curso técnico em Segurança do Trabalho e adquirir segurança financeira.

Apesar do clima de incerteza, o presidente do Sindilojas destaca os números do fim de ano. O crescimento de 3,5% nas vendas não foi atingido. "Ainda assim, estamos dentro da média nacional", destaca Bazzanella. Outro fator importante, segundo ele, é a volta do número de admissões no comércio em novembro. "Cento e quinze é um número bastante expressivo, até porque apresenta sinais de reação", conclui. O número total de empregos criados nos dois últimos meses de 2017 no comércio foi de 510. Foi o segundo setor que mais empregou, atrás apenas da indústria de transformação, com 628.

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